sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Baú de quinquilharias sentimentais

Gosto de escrever há muito tempo. Desde os tempos de coleção vaga-lume, eu tentava inventar minhas próprias estórias, minhas divagações inconscientes de um menino de 10 anos de idade. Um pouco mais tarde, fui muito fã de heavy-metal e escrevia letras pra minha hipotética banda. Coisas com "antigos espíritos", "sangue de virgens" e "maldições irreparáveis". Depois passei ao punk rock e as minhas letras diziam que eu cuspiria em todo mundo e chutaria mauricinhos com o coturno que nunca usei. Tudo bem vai, me permiti esse ridículo todo quando podia: na adolescência.

Na época da faculdade o ridículo era outro: sentimentalismo exagerado, paixões extremamente à flor da pele e textos melosos demais. Reli alguns e a maioria é impublicável (caso eu queira manter um pouco da minha moral como aspirante a escritor). Mas tem alguns que podem ser bem úteis em um possível interese que alguém tenha em ler o que já escrevi ao longo desses anos. Abro esse baú e, esporadicamente, colocarei um ou outro texto antigo meu. Beeeeeeem esporadicamente.

P.S.: Não, eu não tenho nenhum desses textos da fase do heavy metal. E se tivesse, jamais os postaria.

P.S.2: Vou me permitir mexer nos textos na medida em que eles estiverem pessimamente escritos. prometo manter todo o sentido original, por pior que seja...hehe

Você

Eu já passei por tantas brigas
Fases, mudanças e auto-avaliações
Eu já briguei por tanto e tão pouco
Que nem lembro do meu nascimento
Já corri tantas outras vezes
Com medo de me apaixonar
Mas você sorriu e chegou pra ficar
Você não mente e parece gostar
Eu já enfrentei problemas maiores
Eu já fiz e refiz um plano completo
Que determinava o que eu faria da vida
Mas você me fez mudar tudo
Olhou-me e disse sem temor
Que era eu quem escolheria meu futuro
Você sequer lembra
Foi com os olhos
Você mudou a minha vida
Assim você mexeu comigo
E se você quer assim
Eu vou embora
Mesmo tendo vontade de ficar
Ficar com você, ficar ao seu lado
Porque eu já passei por tantas brigas...

22 de agosto de 2000

Um comentário:

  1. É muito bom remexer em coisas antigas. Há quem diga o contrário, mas eu gosto disso, são momentos raros de reencontro comigo mesma. No caso de textos produzidos em outras épocas da vida, sempre aparecem os vergonhos. Por outro lado, alguns são capazes de nos mostrar o que nos levou a seguir este ou aquele caminho.
    Enfim, é bom, né?!
    Beijos, moreno

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