Os dinamarqueses do Alphabeat me foram vendidos como a versão 2.0 dos suecos do ABBA, que no fim dos anos 70 e começo dos 80 marcou a cena musical por seu pop tão descartável quanto chato. Mas resolvi conhecê-los após ver um clipe dos caras.Não que eu tenha algo contra o pop descartável. Desde que feito com competência. Sempre achei que a expectativa é que dita os rumos do que a gente vai ou não gostar, e, por conta disso, o disco de estreia do Alphabeat é sim muito bom, superando o que podemos esperar de uma banda comparada ao ABBA. Assim, o rótulo “retropop” se faz justo mais pela identidade visual do que por qualquer característica sonora.
A sequência com What is happening?, Rubber boots / Mackintosh, The Hours e Nothing but my babe já vale por todo o disco. Já Boyfriend, Fantastic 6 e Fascination seguram bem a onda de soarem oitentistas. E são até boas demais para algo que parece vir de uma época musicalmente pobre. O que sobra são três canções, que não deixam o ritmo cair um só instante, principalmente In the jungle.
Se é fabricado ou se vai adiante não dá pra dizer. Fato é que a despretensão de uma garotada da Dinamarca dá um novo fôlego ao pop descartável, que também pode ter conteúdo e cuidado, estético e criativo.
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E não é que é legal, mesmo?
ResponderExcluirBom descobriri coisas novas.
Acessei aqui para ler as notinhas de segunda, cadê? Só é perdoável por conta da Tarrafa, mas vê se publica logo isso aí! rs
Beijos